![](https://images.adsttc.com/media/images/5735/4927/e58e/ce6f/9e00/0044/newsletter/casa_v-06.jpg?1463109915)
- Área: 90 m²
- Ano: 2016
-
Fotografias:Roberto D´Ambrosio
![](https://images.adsttc.com/media/images/5735/47d3/e58e/ce94/ff00/0035/newsletter/casa_v-25.jpg?1463109576)
Descrição enviada pela equipe de projeto. Nosso contexto acadêmico parece partir do ponto de que devemos desaprender muitas noções prévias sobre nosso entorno construído para aprender a fazer arquitetura. Mas nos movemos entre duas tradições da construção, a institucionalizada e a 'informal', esta última representa a maioria do construído no país, por isso vale a pena perguntar: quais conhecimentos significativos conseguem decantar-se até o presente quando existem desde antes da nossa educação formal na arquitetura? Como se transmite este conhecimento - as instruções para estas construções são desenhadas ou narradas? Afinal, como desaprendemos o que não compreendemos?
![](https://images.adsttc.com/media/images/5735/480f/e58e/ce6f/9e00/003d/newsletter/casa_v-21.jpg?1463109636)
A residência está situada em um terreno rural onde, provavelmente, nunca trabalhou um arquiteto, rodeada de construções informais de vários tipos: residências de muitas décadas, leiterias e adegas (que tem uma só forma de se fazer) e as frágeis que aparecem e desaparecem sem deixar rastro. A ingenuidade associada a estas construções demonstra a dificuldade em alcançar os efeitos da arquitetura 'pobre' como as estruturas de madeira por onde a luz penetra na edificação fazendo visíveis as partículas de pó no ar entre a madeira velha e o controle total através das persianas.
![](https://images.adsttc.com/media/images/5735/474b/e58e/ce6f/9e00/0038/medium_jpg/planta_arq.jpg?1463109439)
Como residência de dimensões mínimas o projeto apenas incorporará um percurso no seu interior, como um destino e resumo do deslocamento necessário para que a dona se mudasse ao local, as viagens implicaram na antecipação e nostalgia até se tornar a residência definitiva; é uma coleção dos feitos construídos vistos durante estas viagens.
![](https://images.adsttc.com/media/images/5735/4800/e58e/ce94/ff00/0037/newsletter/casa_v-22.jpg?1463109620)
Uma residência de 'duas águas', com portões de tábuas sobrepostas que oferecem várias possibilidades de controle para a luz e temperatura. As coberturas do corredor e as lajes dos dormitórios fazem com que a luz se encha de cor e perca o calor antes de entrar, isto permite relacionar-se com os ciclos naturais de maneira direta, porque se acentua a luz azul da manhã e a laranja da tarde para levantar-se e deitar-se cedo; poder ver a lua em seus pontos baixos no céu também é possível desde o dormitório principal graças à cobertura de policarbonato em forma de 'V'.
![](https://images.adsttc.com/media/images/5735/477e/e58e/ce6f/9e00/0039/newsletter/seccion.jpg?1463109493)
Para a gestão da obra foi indispensável a comunicação pessoal com os construtores e uma maquete detalhada que funcionou melhor do que as plantas.
![](https://images.adsttc.com/media/images/5735/479a/e58e/ce6f/9e00/003a/newsletter/casa_v-27.jpg?1463109518)
A proprietária (Sra. V, uma cozinheira incansável) ocupava uma casa que pode construir com as economias da sua aposentadoria (resultando em $ 400 por m²) e que refletisse sua forte personalidade e as lembranças da sua vida sem se preocupar em pedir a opinião do arquiteto.
![](https://images.adsttc.com/media/images/5735/4918/e58e/ce94/ff00/0041/newsletter/casa_v-07.jpg?1463109900)